O secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias do governo Romeu Zema (Novo), Pedro Bruno, afirmou que a administração estadual ira isentar ônibus do transporte metropolitano que fazem o transporte público entre as cidades afetadas pela concessão da MG-010, no projeto chamado de "Vetor Norte".
"Nós, enquanto formuladores da política pública de mobilidade, queremos sempre privilegiar o transporte coletivo, o transporte público. Então todo usuário do transporte público ele não terá nenhum impacto em termos de tarifa. Os ônibus (do transporte metropolitano) são todos isentos do pedágio e vai ter redução na questão do tempo", diz o secretário.
O governo pretende concluir o projeto de concessão das rodovias do Vetor Norte, que inclui a ligação entre Belo Horizonte, o aeroporto de Confins, Sete Lagoas e a Serra do Cipó ainda no primeiro semestre.
A cobrança do pedágio começaria, conforme o secretário, após a conclusão de um primeira fase de obras obrigatórias, com previsão para 2027. Entre essas primeiras intervenções estão melhorias na junção da MG-010 com a Avenida Cristiano Machado para eliminar gargalos no trânsito da região.
O avanço da proposta, que prevê 12 praças de pedágio ao longo de 181 quilômetros, espalhados por 13 cidades, provocou reações entre deputados que apresentaram diversas propostas para impedir a cobrança de pedágios dentro da região metropolitana de Belo Horizonte.
O secretário Pedro Bruno destaca que esse é o caminho para melhorar o trânsito na região. "A gente mora no terceiro maior centro urbano do país e sofremos diariamente com o trânsito e o Estado tem feito esforço com o transporte, com a renovação de frotas dos ônibus, com o Rodoanel e agora com a concessão do Vetor Norte para buscar melhorias", disse.
A deputada Bella Gonçalves (PSOL) questiona. Ela avalia que a concessão de trechos de rodovia com a instalação de pedágios pode fragmentar a mobilidade metropolitana e diz que a frota de ônibus segue precária. "Eu nunca vi nenhum desses ônibus novos no transporte metropolitano, comprados e dados às empresas com recurso da tragédia de Mariana", avaliou.
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